Qualquer tecnologia, mesmo as ditas inteligentes e autónomas são imanações do homem que as criou e não sendo eticamente neutras, são e serão o que o seu criador fizer com elas, podendo contribuir para o bem estar das pessoas e o progresso de uma humanidade num planeta sustentável, ou não! É neste contexto que se colocam questões éticas que urge mitigar ou minimizar.
Sempre foi assim e será assim. Há, contudo, no presente um sentimento de urgência assente em dois elementos centrais e confluentes.
Por um lado, os processos de inovação atuais, evoluem de uma forma tão acelerada que a sociedade não tem tempo de se adaptar nem perceber os impactos das tecnologias emergentes, gerando incompreensões, medos e novas realidades que evoluem de forma que poderemos considerar quase selvagem, uma vez que não têm qualquer enquadramento ético, regulatório ou legal.
Por outro, estamos a falar de tecnologias que são promovidas sob o manto da inevitabilidade de um caminho, que alguns anunciam, conduzirá à subordinação do homem à máquina, à menorização inevitável do criador, num processo distópico cuja perspetiva, em alguns casos com data marcada, acelera os medos e as incompreensões.
O alinhamento destas duas tendências tende a colocar a discussão dos temas éticos associados à transição digital, num futuro inatingível e inevitável, relegando para segundo plano o muito que se pode e deve fazer no presente, para que essas mesmas tecnologias sejam colocadas ao serviço do “bem” da humanidade, dos seus objetivos altruístas. Influenciando dessa forma o futuro, que está nas nossas mãos não ser distópico.
Neste caminho, todos são necessários, mas de forma muito especial os tecnólogos que todos os dias criam e formatam as soluções que dão força à referida “Transformação Digital”.
É neste contexto que uma Associação como a APDSI pode ter um papel importante no aglutinar de vontades que possibilitem uma intervenção junto dos profissionais e na sociedade, esclarecedora e apaziguadora, indutora de uma atitude esclarecida na utilização da tecnologia para a promoção da humanidade.
O Grupo de Missão – Ética no Digital, criado no âmbito da APDSI pretende dar resposta a estas ansiedades.
Este grupo pretende definir um plano de intervenção para os próximos dois anos, horizonte que consideramos credível para a intervenção nesta problemática, com os seguintes objetivos:
Vogais da Direção que acompanham o Grupo: Nuno Guerra Santos / Filipa Fixe / Miguel Brito Campos
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