A gravação do evento está disponível aqui.
Leia também a nota de imprensa completa.
A 6 de julho de 2020, o webinar “ANJAP às segundas” foi dedicado ao tema “Informática, Novas Tecnologias no Covid e pós-Covid” e a APDSI esteve presente, representada pelo Vogal da Direção, Nuno Guerra Santos.
Neste debate, participaram também David Silva Ramalho, do escritório de advogados Morais Leitão, Luís Antunes, da Universidade do Porto, Pedro Duarte, da Microsoft Portugal, e Márcia Martinho da Rosa, da ANJAP, enquanto moderadora do encontro na plataforma Zoom.
A ANJAP – Associação Nacional de Jovens Advogados Portugueses, parceira da APDSI, pretendeu discutir a importância da informática e das novas tecnologias, mas também as fragilidades que a sua utilização crescente e repentina durante o quadro de confinamento provocado pela pandemia COVID-19 provocou.
Neste cenário, a informática e as novas tecnologias desempenharam um papel fundamental na manutenção parcial da economia. Por outro lado, verificou-se também um significativo aumento da cibercriminalidade, o que demonstra as fragilidades nesta área e a necessidade que as empresas têm de robustecer as suas infraestruturas e competências digitais.
Os especialistas dizem nunca ter tido tanto trabalho como nesta fase que veio mudar o paradigma da cibersegurança em Portugal, salientando a importância de os utilizadores aprenderem a defender-se destes novos criminosos online.
Nuno Guerra Santos reconhece que a pandemia acabou por conduzir a transformações profundas e rápidas nos pilares das empresas, grandes ou pequenas, públicas ou privadas. O representante da APDSI – Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação destaca a forma precipitada com que muitas instituições tiveram de lidar com a gestão da saúde pública, por vezes adotando tecnologias com um enquadramento legal pouco claro e em atualização permanente. Em geral, as empresas tentaram conter o impacto da pandemia transitando a relação com os seus clientes para o comércio eletrónico e conduzindo os seus funcionários para teletrabalho, adotando um sistema de videoconferências rapidamente e com infraestruturas improvisadas. Nesta fase, a tecnologia também foi utilizada para dar uma resposta social e muitas organizações conseguiram, a partir dos seus serviços, criar respostas que não faziam parte do seu core business. “Foi um salto muito importante e dificilmente voltamos ao ponto inicial, ainda que haja desafios estruturais que permanecem”, afirma Nuno Guerra Santos.
As dificuldades resultam da impreparação para o imediatismo com que foi necessário adaptar todo o funcionamento das organizações. A transição para quem estava em modo mais tradicional não foi fácil, porque as culturas não mudam de um dia para outro, mas criou-se uma janela de oportunidade que tem de ser aproveitada. Agora, inevitavelmente, temos de mudar para um modelo em que as pessoas não são controladas pela sua presença, mas sim avaliadas com base nos resultados que entregam, e isto assenta numa lógica de gestão muito diferente.
No comércio, é agora possível gerir o atendimento ao cliente com novas ferramentas de gestão, obrigando também os gestores a operarem as cadeias logísticas de maneira diferente. A desmaterialização e a simplificação dos processos passam a ser indispensáveis para permitir o trabalho remoto.
Desafios neste novo normal? “Têm a ver com a consolidação das aprendizagens neste contexto atípico que vivemos. Não nos podemos esquecer, por exemplo, que a experiência de teletrabalho é muito condicionada pelo contexto que vivemos. Algumas promessas do teletrabalho, nomeadamente de um maior equilíbrio da vida pessoal e profissional, estão desvirtuadas porque todas as rotinas estão alteradas”, conclui.
Todavia, um aspeto positivo do cenário atual é a procura de uma vacina para este vírus que significa que o esforço a ser feito do ponto de vista da investigação e em ciência, vai trazer vantagens para a nossa vida em várias áreas de atuação. O mundo que vamos viver nos próximos anos é cheio de incertezas e isso é algo a que vamos ter de nos habituar: a gerir a incerteza de cada dia e a capacidade de mudança e aprendizagem rápidas, traduzidas num grande salto na qualidade de vida das pessoas um pouco por todo o lado.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.