Portugal está acima da média europeia na utilização de tecnologias na saúde. Esta foi a conclusão da 1.ª Edição do Hintt – Health Intelligent Talks & Trends – que teve lugar na Fundação Champalimaud em outubro do ano passado
O Diretor Europeu na HIMSS Analytics John Rayner apresentou dados sobre a maturidade dos sistemas de saúde e utilização das tecnologias na saúde em países como Portugal, Canadá e Estados Unidos.
O evento procurou debater e refletir sobre as tecnologias de saúde e o impacto das TI para as instituições, o utente e, especialmente, para o cidadão. O Hintt contou com a presença de oradores como John Rayner, que apresentou dados que evidenciam que Portugal está acima da média europeia na utilização de tecnologias no sistema de saúde.
O médico, geneticista, autor e palestrante húngaro Bertalan Meskó, The Medical Futurist, foi o grande destaque do evento, graças a uma apresentação criativa que comparava os serviços de saúde atuais a um astronauta sozinho em Marte: o paciente de hoje em dia sente-se isolado, recebe informação de uma forma distante e pouco personalizada, e segue apenas ordens. O orador, de 32 anos, mostrou que é necessário tornar o cidadão no verdadeiro foco do sistema de saúde, para que este seja parte do tratamento e atendimento médico, que deve ser focado na saúde e não na doença. Por isso, é na tecnologia que vê a oportunidade para criar um sistema de saúde realmente acessível, personalizado, preventivo e humano.
Alexandre Quintanilha também esteve presente no evento, com um debate que procurou explorar as oportunidades e ameaças da Big Data nos dias de hoje. Para o físico e antigo professor, as novas tecnologias surgem como forma de tratamento da informação com que somos confrontados diariamente – o que pode resultar, na sua opinião, no empowerment dos cuidados de saúde no seu todo. Mas Alexandre Quintanilha deixou alertas, principalmente no que diz respeito à quantidade, qualidade e propósito dos dados que são recolhidos e transmitidos no tratamento das tecnologias de informação e da saúde.
Estes alertas foram partilhados um pouco por todos os painéis. Sem exceção, a Mesa Debate, moderada por Pedro Pinto e que contou com a participação de Paulo Gonçalves, Nuno Sousa, Maria de Belém e Bertalan Meskó explorou assuntos como a garantia da confidencialidade na partilha de dados, no impacto das tecnologias para as instituições de saúde e cidadãos e necessidade de atualização dos quadros regulatórios.
Filipa Fixe, Diretora de Healthcare da Glintt, anunciou o Prémio Hintt para 2018, que se vai dividir nas categorias Patient Safety, Value proposition, Clinical Outcomes e Startup Inovation. As candidaturas estão abertas até 21 de maio do próximo ano e os vencedores serão anunciados na 2.ª Edição do Hintt, já marcada para 3 de outubro de 2018.
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