Elon Musk e Mustafa Suleyman estão a intervir junto da ONU numa tentativa de proibir o desenvolvimento e utilização de armas inteligentes e autónomas, capazes de disparar mísseis sozinhas. A notícia é do site The Verge.
De recordar que o primeiro polícia-robô começou a funcionar no Dubai em maio.
A eventual criação de soldados-robô está a ser discutida nas Nações Unidas mas encontra resistência por parte de alguns nomes bem conhecidos da comunidade tecnológica, sobretudo da inteligência artificial, como Elon Musk, o empresário e milionário responsável pela Tesla, e de Mustafa Suleyman, fundador da empresa de inteligência artificial DeepMind Technologies, que foi comprada pela Google.
Os dois empresários juntaram-se a outros 116 especialistas de 26 países para alertar a ONU sobre os perigos de dotar máquinas de guerra com inteligência artificial. Esta espécie de “abaixo-assinado” pede para que seja proibida a utilização e o desenvolvimento de soldados, veículos, drones e armas que não dependem de mão humana. Apesar das críticas de que Elon Musk está a ser alvo, por querer desenvolver um carro 100% autónomo, o empresário defende-se dizendo que o caso muda de figura quando o assunto são máquinas autónomas capazes de disparar armas e de tomar essa decisão sozinhas. «É preciso distinguir um carro autónomo de outro que, sem intervenção humana, decide disparar um míssil», afirma.
A ONU aprovou recentemente a abertura de discussões formais sobre o tema com o objetivo de regulamentar este tipo de armamento: drones, tanques e robôs.
«Assim que forem desenvolvidas armas autónomas e letais, estas vão permitir levar a cabo conflitos armados numa escala nunca antes vista e numa dimensão temporal nunca imaginada, mais rápida do que a compreensão humana. Podem ser armas de terror, armas vulneráveis a hacks e utilizadas por terroristas contra populações inocentes. Não temos muito tempo para agir», lê-se na carta assinada pelos dois e enviada à ONU.
Já Manuela Veloso, professora da americana Carnegie Mellon University (CMU) e co-fundadora da RoboCup Federation, disse, no workshop da APDSI a 24 de maio que «não estamos habituados a ver robôs a andarem ao nosso lado como se fossem pessoas ou animais». Leia a documentação resultante desse evento aqui.
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