Rita Espanha é Professora Auxiliar do Departamento de Sociologia da Escola de Sociologia e Políticas Públicas.
1 – Como foi o seu percurso profissional e que barreiras encontrou enquanto Girl in ICT?
Comecei a trabalhar com tecnologia ainda na Faculdade (no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, durante a licenciatura em sociologia, para análise de dados) e depois, mais tarde, enquanto assistente de investigação no CISEP – Centro de Investigação Sobre Economia Portuguesa, no ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão. Ainda no final dos anos 90 integrei a equipa da Iniciativa Mosaico (Ministério da Cultura) que implementou diversos projetos no âmbito das TIC nomeadamente o TERRAVISTA e de informatização das lojas dos museus e monumentos que integravam o MC. Não considero, do meu ponto de vista, que tenham surgido grandes barreiras pelo facto de ser mulher.
2 – Quais são os aspetos mais aliciantes de ser uma Girl in ICT?
Não me ocorre nada distintivo pelo facto de ser mulher.
3 – Alguma vez se sentiu discriminada? Do seu ponto de vista faz sentido promover-se a igualdade de géneros no mundo das TIC?
Sim, já senti discriminação, mas não relacionada com a utilização das tecnologias.
4 – O que sugere para atrair mais as jovens para as áreas das tecnologias da informação?
Penso que as mulheres já se sentem bastante atraídas pelas tecnologias.
5 – As tecnologias influenciam o modo como o mundo olha para as Girls in ICT? E contribuem para a igualdade do género?
Acho que contribuem sim para a igualdade de género pois não me parece que seja uma área onde as questões de género e a discriminação sejam empoladas. Mas, como afirmei inicialmente, eu não trabalho diretamente em TIC, sou uma utilizadora corrente e “normal”. Tenho estudado os seus usos e nesse contexto o que se destaca é que progressivamente e geracionalmente as questões de género tendem a ser cada vez menos relevantes na utilização da tecnologia (havendo diferenças eles tendem a ser cada vez menos acentuadas).