Clara Cidade Lains é diretora de Info-Exclusão e Necessidades Especiais da Fundação Portugal Telecom.
1 – Como foi o seu percurso profissional e que barreiras encontrou enquanto Girl in ICT?
Fiz a minha universidade num mundo de homens. No trabalho também. Considero ter tido uma difícil integração, principalmente por ter interesses marginais à maioria. Quando comecei a minha atividade profissional 1983/1984 havia pouca, ou nenhuma, abertura para desenvolver tecnologias e serviços para pessoas com necessidades especiais. Apenas nos finais da década de 90/inícios do milênio começou a haver uma maior atenção ao setor.
2 – Quais são os aspetos mais aliciantes de ser uma Girl in ICT?
Olhar o mundo de outro ângulo. Acreditar que a engenharia e a tecnologia em primeira instância existem para servir o Homem, seja qual for a sua condição, e que as TIC têm um papel fundamental na melhoria da sua qualidade de vida e nível de satisfação pessoal. Refiro-me à educação, saúde, trabalho e comunicação interpessoal. Acreditar que a gestão também pode fazer parte do percurso profissional.
3 – Alguma vez se sentiu discriminada?
Sim, mas penso que terá sido mais pelo fato de ter desenvolvido o meu trabalho para pessoas com necessidades especiais do que pelo fato de ser mulher.
Do seu ponto de vista faz sentido promover-se a igualdade de géneros no mundo das TIC?
Sim. As TIC podem contribuir para uma igualdade entre géneros bastante sustentável e com condições de influenciar outros setores.
4 – O que sugere para atrair mais as jovens para as áreas das tecnologias da informação?
A humanização do setor.
5 – As tecnologias influenciam o modo como o mundo olha para as Girls in ICT?
Sim. Tecnologias são do género feminino!
E contribuem para a igualdade do género?
O setor das TIC é, por inerência, um setor socialmente mais aberto pela inovação a que obriga. Assim, penso que sim, decididamente.
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