A APDSI encara o Europa 2020 como uma oportunidade para se mobilizarem esforços radicais de transformação do Estado e da economia portuguesa, através da utilização cada vez mais generalizada e inteligente de sistemas e tecnologias da informação capazes de melhorar a qualidade de vida dos portugueses e reforçar a sua coesão social.
Portugal está a viver tempos muito difíceis do ponto de vista económico e social e o processo de ajustamento que se está a atravessar terá que assegurar obrigatoriamente uma maior coesão, combatendo fatores desagregadores da economia e da sociedade, como o desemprego, a desertificação do interior e a erosão progressiva da classe média, com as consequentes assimetrias na sociedade e o empobrecimento generalizado do país.
Paradoxalmente as tecnologias da informação e comunicação (TIC) podem por um lado ser geradoras de assimetrias sociais ao poderem contribuir para o agravamento do desemprego a curto prazo e a acumulação rápida de riqueza devido a aumentos significativos de produtividade, mas ao mesmo tempo podem dar respostas que ajudem ao aumento de qualificações profissionais e a preservar o tecido empresarial através da melhoria dos processos de trabalho e do aumento da produtividade, criando mais valor e novas necessidades na economia e gerando novas e melhores oportunidades profissionais.
Existe ainda um enorme potencial de modernização através da introdução das TIC nas cadeias de valor das pequenas e médias empresas, que constituem a grande maioria do tecido empresarial do nosso país. Qualquer estratégia de crescimento da economia em Portugal terá de ter particular atenção a este grupo de empresas capaz de inovar e gerar emprego qualificado. É importante encontrar respostas que atuem ao nível dos principais desafios enfrentados por estas empresas, como a racionalização de custos e procura de eficiência e a inovação, nomeadamente no que se refere à criação de novos produtos e serviços, assim como novos processos de gestão mais participativos, globalizados e em rede.
Portugal comparativamente com a maioria dos países mais desenvolvidos dispõe de tecnologia e infraestruturas suficientemente avançadas para sustentar o desenvolvimento mais acelerado da sociedade da informação, mas falta desenvolver a capacidade para aplicar esses recursos e a lucidez política para encarar as TIC como parte da solução em direção a processos mais inteligentes e produtivos e não apenas como um problema ou um centro de despesa a ser cortado de forma indiscriminada no curto prazo.
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